Com a supervisão da professora e fisioterapeuta Dayane Cristina Vieira, a acadêmica da nona fase do curso de Fisioterapia da Uniplac, Jessica Teresinha Neto desenvolveu uma intervenção fisioterapêutica. O alvo foram alguns usuários abstinentes de psicoativos em uma comunidade terapêutica (Crensa), no município de Lages. A ação tem o intuito de avaliar o equilíbrio e flexibilidade pré e pós o treinamento funcional que está sendo realizado. Esse projeto propõe o atendimento de forma semanal, durante 40 dias.

A iniciativa da intervenção pela acadêmica e a professora foi a preocupação que a drogadição traz à saúde pública. Um dos pontos abordados pela visão fisioterapêutica é que a droga pode desencadear alterações físicas, motoras e cardiorrespiratórias. Para o atendimento se tornar possível, o apoio do profissional de educação física do Crensa, Anderson Machado foi fundamental, facilitando o vínculo com os usuários e as intervenções.

 A inserção da fisioterapia na comunidade terapêutica promove práticas que, através de um treinamento funcional, desencadeia o desenvolvimento da consciência cinestésica, controle corporal, melhora da postura, equilíbrio muscular estático e dinâmico, melhora da força, coordenação motora, resistência cardiovascular, aumento da flexibilidade e propriocepção dos usuários de psicoativos.

Os benefícios propostos aos dependentes químicos estão diretamente relacionados ao aperfeiçoamento em suas atividades de vida diária, mantendo a mobilidade funcional, além de proporcionar maior autonomia e qualidade de vida.

Além dos benefícios físicos a intervenção visa promover a interação social entre os internados do centro de recuperação, proporcionando para os indivíduos um atendimento diferenciado, humanizado e lúdico. O acolhimento e o trabalho em equipe são promissores, bem como a interação e conhecimentos entre fisioterapeuta e acolhidos, visto que o atendimento tende a ser o mais diversificado, divertido e atraente.