Acadêmicos da Uniplac vão para a África e atuam como médicos voluntários

O Quênia é um país localizado no leste do Continente Africano e tem seu litoral no Oceano Índico. Engloba savanas, regiões de lagos, o impressionante Grande Vale do Rift e planaltos montanhosos, além de ser um local com animais selvagens como leões, elefantes e rinocerontes. O que faz com que o país atraia milhares de turistas todos os anos, fazendo com que o turismo seja a principal atividade econômica.

A capital da República, Nairóbi, é a cidade mais populosa e principal centro financeiro, econômico, corporativo e cultural do Quénia. É a maior cidade da África Oriental, às margens do rio Nairóbi, no sul do país.

Se nos centros urbanos há belezas, cultura, curiosidades e riquezas, essa não é a realidade da maior parte dos mais de 3,5 milhões de habitantes de Nairóbi. A maioria da população vive na pobreza ou extrema pobreza. Estima-se que metade da população vive em favelas que, por sua vez, cobrem apenas 5% da área urbana da cidade, enfatizando a desigualdade social.

Foi nesse cenário contraditório que Aline Ribeiro Caminha e o namorado Eduardo Vanderlinde Brockveld, acadêmicos de Medicina da Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac), de Lages, decidiram fazer seu estágio eletivo. Ela está no 5º ano do curso e ele, no 4º ano.

Aline tem 26 anos, nasceu em Lages e sempre sonhou em viajar por lugares diferentes. Quando chegou à universidade, viu que esse desejo era possível. “O curso de Medicina da Uniplac possibilita que o acadêmico faça um estágio na área e no local em que tiver interesse, assim, eu e meu namorado, decidimos fazer nosso eletivo juntos, na África, com o intuito de vivenciar a rotina de um hospital em outro país”, conta Aline.

Eles viajaram para a África no início do mês de julho e por lá ficaram durante duas semanas, na cidade de Nairóbi, capital do Quênia, onde integraram o Projeto de Voluntariado Médico, que, segundo o que relatou Aline, visa a colocar voluntários que possam causar impacto positivo nas vidas das pessoas da região. Lá, ela e o namorado trabalharam como voluntários no Hospital Wema, localizado no Bairro Kawangware, área residencial de baixa renda em Nairóbi. “Com esse trabalho, foi possível acompanharmos e auxiliarmos em todas as atividades do hospital, além de estarmos em contato com uma cultura e uma realidade extremamente diferentes da nossa. Os principais problemas de saúde no Quênia estão relacionados a doenças transmissíveis, falta de saneamento básico e água; alimentos contaminados e desnutrição.”

A experiência, de acordo com os voluntários, foi bastante rica. Eles desenvolveram as atividades em um hospital aberto a toda população; e puderam prestar atendimento a crianças, adultos, gestantes, e todo tipo de paciente. Foi possível acompanhar consultas e procedimentos, aferir sinais vitais, preparar e aplicar medicações, além de ajudar com a organização do local e das medicações, e no laboratório. “Ficamos livres para acompanhar tudo o que está acontecendo no hospital e os profissionais de lá foram extremamente receptivos.”

Para Aline, a experiência foi um grande choque de realidade. “A população do bairro onde estivemos vive em locais sem estrutura, sem saneamento básico, sem água encanada e com lixões literalmente no meio das ruas. Esse ambiente reflete no tipo de demanda que chega ao hospital. A forma de diagnóstico e tratamento também destoa do que estamos acostumados com a nossa prática no Brasil, ainda assim, o hospital faz seu melhor apesar dos recursos limitados.”

 

Publicado em 23/07/2021.

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